Celebrando o Fado

Celebrando o FADO

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Recentemente o Café Luso celebrou o seu 90º aniversário e fez casa cheia com os amigos. E a festa continuou noite fora com um desfilar de fados e fadistas. A festa aproveitou-se também para celebrar o 6º aniversário da elevação do Fado a Património Imaterial da Humanidade (UNESCO) e ainda foi uma oportunidade para apresentação dos novos pratos da carta propostos pelo Chef Aléxis Gregório.

Já várias vezes escrevi sobre o meu gosto pelo fado, e pela forma como ele é, por vezes, apresentado. Depois da classificação atribuída ao Fado era expectável que se assistisse a alguma alteração na promoção, até turística, das casas de fado. Falta-nos um guia que inclua uma tipificação dos estabelecimentos onde se canta e apresenta fado. Em muitas conversas com portugueses que frequentam casas de fado a maior queixa, ou lamúria, é o facto da interrupção da refeição enquanto se canta. Para mim também é complicado. Por isso chego cedo para fazer a refeição seguida e depois ouço fado. Reconheço que esta situação tem contornos complicados, mas não há nada que não tenha solução. Ora o guia poderia ter restaurantes com fado, casa de fados com serviço de refeições, bares com fado, casa de espetáculos de fado com ou sem serviço de bar...

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Mas o motivo desta celebração, por agora, é o aniversário do Café Luso. Possivelmente a mais antiga casa de fados, desde sempre se virou para o espetáculo, e é uma marca do seu ramo de atividade. Instalada no espaço abobadado das antigas adegas do Palácio Brito Freire, século XVII, dispõe de todas as comodidades modernas e é um marco identitário do Bairro Alto. O programa culinário tem vindo a ser atualizado nos últimos anos e podemos afirmar, que com a Adega Machado, é dos poucos restaurantes com fado que têm propostas de cozinha contemporânea, e com produtos ou memórias da mais tradicional cozinha portuguesa.

Eis alguns dos pratos provados e aprovados:

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