Taberna Albricoque

 

 

0abric0

Para muitos é estranha a palavra «albricoque». Este termo é ainda hoje utilizado na região do Algarve para damascos. Segundo Fr João de Sousa, no seu livro “Vestígios da Língua Arábica em Portugal”, editado em 1789 pela Academia das Ciências, confirma a origem da palavra nos árabes e escreveu: Espécie de Damascos, vulgarmente chamados frutas novas. Os Italianos lhes chamam bericocolo; Os Franceses Abricot; os Castelhanos Alverquaque; porém uns, e outros o tomaram dos Arabes. Hoje se escreve, e se pronuncia Albricoque. José Pedro Machado no seu “Dicionário Etimológico da Língua Portuguesa”, edição de 2003, vai mais longe na explicação e cita ainda a origem grega e suas variações, a versão latina, e confirma a utilização do termo albricoque no espaço do Andaluz e Magrebe do século XIII.

A Taberna Albricoque está instalada no local de uma anterior taberna tendo sido mantidos os elementos principais da anterior atividade, incluíndo alguma decoração, nas proximidades da estação de Santa Apolónia, em Lisboa. Este restaurante abriu há poucos meses e já ganhou uma clientela fiel. Nos comandos está o chefe de cozinha Bertílio Gomes com provas dadas em outros locais nomeadamente o Vírgula e o Chapitô. A sua lista é de inspiração algarvia e vamos sendo surpreendidos pela sugestão de novos pratos.

0abric0a 

Da última vez que lá estive, no final da refeição, surge na minha mesa uma amiga que tinha acabado de jantar e alguém lhe perguntou acerca da razão do sucesso ao que ela respondeu: é um restaurante onde a comida é boa e muito bem confecionada, é o mais importante. Cozinha Portuguesa no seu melhor estado! Exatamente, uma comida despretensiosa com bons produtos confecionados de forma a não serem encobertos ou disfarçados, simples (termo de elogio para o excelente), descontraída, mas muito apetitosa. Imperdíveis os Rissóis de berbigão com algas, a Raia de Alhada ... e as sobremesas de lamber os dedos.

Apresento-vos um rol de fotos de várias refeições que aí tive o prazer de comer.

 0abric1

Pão da Gleba

0abric2 

Tiborna de uvas e laranja

 0abric3

Cenoura roxa de conserva com azeitonas de Sal

 0abric4

Salada de tomate: Green Elba, Black Cherry, Cereja, Branco, Amarelo e Ameixa Negra com manjericão roxo, azeite e flor de sal

 0abric5

Moxama de atum com salada montanheira

0abric6 

Tártaro de carapau com folha de shisô (perila)

 0abric7

O famoso RISSOL com berbigão e algas

0abric8 

Canja de lingueirão

0abric9 

Raia de alhada

 0abric10

Choco com ervilhas e batata doce

0abric11 

Cavala com salada de batata, cebola e pimentos desidratados

 0abric12

Abrótea frita com tomatada e espinafres

0abric13 

Galinha cerejada com figos e amêndoas

 0abric14

Citrinos (biscuit de laranja, sorvete de tangerina)

 0abric15

Trilogia Algarvia

0abric16 

Misto de gelado e creme com frutos seco

Atualmente aos jantares de quarta feira somos brindados com animação de Fado pelo grupo “As Mariquinhas”:

 

0abric17 

O restaurante tem uma interessante lista de vinhos, e um bom serviço de mesa que está faltando em muitos restaurantes. Restaurante para voltar.

Bom apetite!

© Virgílio Nogueiro Gomes

Taberna ALBRICOQUE
Rua Caminho de Ferro, 98
1100-395 Lisboa

TL 218 861 182 Encerra Domingo ao Jantar e 2ªfeira todo o dia